Historia de Gaza
O Império de Gaza é fundado pelo povo nguni (vátuas ou aungunes, na terminologia colonial), um dos ramos dos zulus. Vêm do sul empurrados pela guerra civil que lavra desde o início do século.
O chefe Sochangane (avô de Ngungunhane), depois chamado Manukuse, alarga o reino - a que dá o nome de Gaza em homenagem ao seu bisavô - e estabelece a capital em Chaimite, mais tarde tornada na aldeia sagrada dos ngunis.
Com a morte de seu pai Mzila, Ngungunhane sobe ao trono após uma batalha fratricida com seus outros irmãos.
Cognominado o “Leão de Gaza”, o seu reinado estendeu-se de 1884 a 28 de Dezembro de 1895, e o império espraiou-se do rio Incomáti à margem esquerda do Zambeze, e do oceano Índico ao curso superior do rio Save.
Na ascensão de Ngungunhane, os portugueses enviaram emissários em 1885 que tentaram que ele assinasse tratados que reconhecesse a soberania de Portugal na região. Isso foi inaceitável para Ngungunhane que se recusou a assinar.
A 7 de Novembro de 1895 dá-se em Coolela um confronto directo entre portugueses e Ngungunhane no império de Gaza, que encetou uma fuga de Mandlakaze refugiando-se em Chaimite onde foi capturado.
Ngungunhane (N'gungunhana, Gungunhana ou Reinaldo Frederico Gungunhana), foi o último imperador do Império de Gaza no território que actualmente é Moçambique, e o último monarca da dinastia Jamine.
A derrota de Gungunhane não faz cessar a resistência em Gaza. A repressão colonial também não dá tréguas.